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14 de agosto de 2012

Ensino Superior no Brasil

O setor de ensino superior brasileiro é amplo, está em fase de crescimento, apresenta baixa penetração em comparação a outros países, é fragmentado e atendido predominantemente por instituições privadas. O Brasil representa o quinto maior mercado de ensino superior do mundo e o maior mercado de ensino superior da América Latina, segundo o estudo “Global Education Digest 2011” da UNESCO, com dados de 2009.

De acordo com dados do Inep/MEC, as matrículas em cursos de graduação no ensino superior aumentaram de 1,9 milhões em 1997 para 5,4 milhões em 2010, representando uma taxa composta de crescimento anual de 8,2%. Grande parte do crescimento no total de matrículas observado nesse período ocorreu no setor privado, que aumentou sua participação no total de matrículas de 61% em 1997 para aproximadamente 75% em 2010, consolidando seu papel de principal provedor de ensino superior no Brasil. Já as matrículas de pós-graduação tiveram uma taxa composta de crescimento anual de 28% entre 2005 e 2009, segundo Hoper Consultoria, Pesquisa e Editora Ltda. (“Consultoria Hoper”), totalizando 173,4 mil matrículas em 2010, de acordo com dados do Inep/MEC.
Apesar do crescimento nos últimos anos, de acordo com a Hoper Consultoria a taxa bruta de penetração do mercado brasileiro de ensino superior (para a população de 18 a 24 anos) para o ano de 2009 foi de 25%, ainda muito aquém da taxa de outros países em desenvolvimento como Chile e Argentina, respectivamente com índices de 55% e 69%, o que indica potencial de continuidade de crescimento do setor de ensino superior no Brasil.
A Companhia espera que o número de matrículas em instituições de ensino superior no Brasil continue a crescer em consequência de determinados fatores, tais como: (i) a perspectiva de ascensão profissional; (ii) o aumento significativo na renda individual daqueles que detém um diploma de ensino superior; (iii) a demanda substancial por trabalhadores qualificados não atendida e em expansão; e (iv) a crescente disponibilidade de alternativas educacionais para a população de Classes Média e Baixa, em função do apoio contínuo do Governo Federal ao ensino superior privado e, especificamente, do investimento privado no ensino superior.
O aumento no número de instituições privadas de ensino superior no Brasil nos últimos 10 anos foi estimulado pela proliferação de instituições de pequeno porte, o que resultou em um mercado bastante fragmentado, com mais de 2 mil instituições privadas de ensino superior em 2010, de acordo com o MEC.
Em 2010, as 17 maiores instituições privadas de ensino superior no Brasil (responsáveis por 30,0% do total de alunos matriculados) apresentavam uma média de aproximadamente 81,1 mil alunos matriculados, ao passo que nas outras 2082 instituições privadas (responsáveis por 70,0% do total de alunos matriculados) apresentavam uma média de 1,5 mil alunos matriculados, de acordo com dados da Hoper Consultoria.
A Companhia acredita que essas instituições de pequeno porte sejam, na sua maioria, empresas familiares que carecem de economia de escala e têm acesso limitado a recursos de capital, normalmente com menores condições de atrair e reter profissionais qualificados tanto na área administrativa quanto no corpo docente e experiência e recursos limitados para desenvolver e oferecer novos cursos de qualidade e de interesse dos alunos assim como para abrir novas unidades.
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Segundo o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância - ABED1, no ano de 2008, havia aproximadamente 2,6 milhões de brasileiros matriculados em algum curso de Educação a Distância no país.
A Educação a Distância foi a modalidade que mais cresceu do mercado de ensino superior, com uma taxa crescimento acumulado anual de 70% no período de 2004 a 2009, atingindo 930,2 mil alunos em 2010.
Segundo estudos da Consultoria Hoper, os fatores críticos de sucesso para as instituições que pretendem atuar no ensino superior a distância são (i) capilaridade, ou seja, a quantidade de polos espalhados pelo país; (ii) a competência competitiva dos gestores dos polos, de modo a captar novos alunos e reter os alunos já matriculados; (iii) a infraestrutura dos polos e a sua adequação às necessidades dos alunos; (iv) visibilidade nacional, através de uma marca forte; e (v) credibilidade institucional e de conteúdo, tal qual a imagem que a instituição tem junto ao público alvo e a existência de alguns professores / autores com certa notoriedade nacional assinando o conteúdo educacional produzido.
1 Estudo publicado no ABRAEAD 2010